sábado, 6 de setembro de 2008

Do amor e do Vício

I

Ame, mas nunca com moderação
Estudar e trabalhar, vá lá
Que se faça com certo comedimento
Mas amar nunca
Também aconselho que nunca
Se durma, coma, fume ou beba
Com qualquer contensão
Se estiver disposto a praticar qualquer uma
Dessas atividades, pratique à farta
Sem qualquer controle de teu vício
Ou vício não será

Quanto à escolha dos vícios
Se possível escolha o amor
E se possível que seja só um
(vício, não amor)
Posto esse ser o mais saudável
Mas não sendo possível
Encontre amor em cada vício
Em cada copo, em cada fumo e em cada carne
E encontre alguém com o mesmo vício
Para passar o resto da vida

Male má já é algum amor

Claro que não espero que controle teus vícios
Nem em sua natureza nem em sua quantidade
Espero ao menos que se mantenha firme
Na força e na dedicação ao teu vício
Não deixe nada aos vermes
Não faça a eles este favor
Que seja majestosa a tua podridão

8 comentários:

Anônimo disse...

Mas as vezes o vício do amor não é o mas saudável e sim o mais doentio e quando ele vai embora o que mais dói e demora a se recuperar.
Vícios não se controlam. Só crescem.

Anônimo disse...

Um xêro no autor deste poema, cuja elocubração poética é catatônica, ou melhor, um talento à parte! Simplesmente, excelente!
:)

Anônimo disse...

Tô encantada com esse post! Sem palavras, sr Testa!

Clarissa Santos disse...

Eu concordo com Aka, em parte.
Se o amor for um vício, que seja, mas que não seja obssessão.

Encontrar amor nos vícios é a parte mais excitante de tê-los.

Isso tá belo.

*ansiosa*

Beijos.

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

Que seja majestosa a tua podridão! Que símile fatal!

hahahahaha

Anônimo disse...

Que força nas palavras, isso sim!


:D

Fellipe Melo disse...

Exelente!