segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Do Amor e do Amor

I

Ama, imensamente ama
Tudo, todos, qualquer coisa
Ama não pela cousa amada
Nem pelo ser amador
Ama não pelas almas penadas
Nem pelos cravos do chão
Nem pelos louros, nem pelos figos
Ama pela necessidade de amar
Não importando o quê, como ou quanto
Simples, despido, vulnerável
Amor

Que o amor seja teu Deus único
Que a liturgia lida sejam palavras
De amor
Que no ato de contrição, constringe pela falta
De amor
Que na súplica seja ânsia, seja gula
De amor
Que o pão que se divide e o vinho ingerido
A paz a ser oferta e o dízimo sofrido
Que a dispensa dos ouvintes e a saudade
Sejam amor, amor amor

Não teme a palavra, não teme
Os sentimentos que junto dela chegarão
Repete, gasta, usa até aprender
Gasta até ser teu
Repete até sentir
Escondido na palavra amor
O amor deveras
Entrega tua vida completamente
Deixa ser tua necessidade mais profunda
Tua bússola, teu norte. Que o amor
Decida tuas asas, teus olhos, teu peito
Teu ser

2 comentários:

Endie Eloah disse...

Esse amor é tão dificultado. Complicamos tudo, muito, por nada.
Assumo, faço parte dessa dificuldade exacerbada.
Mas não escondo que amo, do meu modo.

Alexandre Spinelli Ferreira disse...

Diogo... peguei o link do teu blog lá no Barraco, com a Giu... que grata surpresa!
Parabéns, meu velho... ótimo!